Fracktura, banda multinacional liderada por um brasileiro, mistura rock e jazz em nova música

Divulgação

Das linhas de frente das trincheiras da música underground, a banda Fracktura lança hoje, 24 de janeiro, o single e videoclipe de "I Hear The Wind". A faixa é um prelúdio para Time: Machine, o primeiro álbum completo do grupo, com lançamento programado para março.

A nova música captura a atenção e desafia o ouvinte em níveis tanto musicais quanto emocionais. A frase de abertura (I hear the wind erase the footprints) evoca a inevitabilidade do tempo e conduz a um mergulho profundo nos sentimentos de quem reflete sobre a passagem da vida. Melodias entrelaçadas em estruturas labirínticas, saxofones em contraponto, texturas vocais enigmáticas e linhas instrumentais pontuadas por dissonâncias criam paisagens sonoras que ressoam como um sussurro antigo, perdido entre ventos que carregam memórias do que já foi.

Fundada em 2017 na cidade de Cincinnati (Ohio) pelo músico brasileiro André Machado III e pela cantora norte-americana Karis Tucker, a Fracktura também conta com Andrew Angelle (EUA), Ander Peterson (EUA), Camila Nebbia (Argentina) e João Cordeiro (Brasil). Com dois EPs já lançados na bagagem, a banda é frequentemente rotulada como avant-garde rock, mas a verdade é que seu som transcende qualquer definição. Misturando elementos de rock extra progressivo, jazz e música clássica moderna, entre outras coisas, a Fracktura desenvolve uma sonoridade peculiar onde beleza e caos coexistem.

Descrita pelo crítico Randy Radic, do Huffington Post, como "musicalmente exigente e extremamente complexa, ao mesmo tempo que transborda uma austeridade jovial", a Fracktura constrói composições que evocam a audácia de ícones como King Crimson e Frank Zappa e a inquietante atmosfera surrealista dos filmes de David Lynch.

"Existem recompensas que só podem ser alcançadas através da abstinência da zona de conforto", reflete o líder e principal compositor André Machado III, ao abordar a essência sonora da banda.


O single, assim como todo o álbum, foi produzido por Machado III e Scott Moughton, com mixagem de Mauricio Avila e masterização de Fernando Delgado. Gravado em estúdios espalhados pelo mundo – de Berlim a Juiz de Fora – o processo criativo reflete a natureza híbrida e experimental da banda. Machado III destaca que, apesar da flexibilidade e viabilidade financeira desse formato, ele exige um alto nível de planejamento e testes para ajustar os arranjos às especificidades técnicas de cada instrumento e estúdio. “
Embora cada músico grave em seu próprio espaço, os trabalhos de produção e finalização são centralizados, assegurando coesão e unidade no resultado final”.

O videoclipe de “I Hear The Wind”, dirigido por Diogo Oliveira, transporta o público para dentro do estúdio, destacando a força da performance crua e visceral da banda. O registro audiovisual complementa o clima da faixa e reforça a proposta da Fracktura: oferecer algo instigante, cerebral e marcante.


Sem dúvida, Fracktura é um dos nomes mais interessantes da cena independente para se ficar de olho.


Ficha Técnica


"I Hear the Wind" (Música: Machado III e Nicolas Bizub / Letra: Diogo Oliveira)
Produção: André Machado III e Scott Moughton

Gravação: Vozes, guitarra, baixo e saxofone tenor – Estúdio de André Machado III em Berlim (Alemanha) / Saxofone alto – Estúdio de Ander Peterson em Cincinnati (Ohio, EUA) / Guitarra – Estúdio de Andrew Angelle em Atlanta (Geórgia, EUA) / Bateria – Estúdio de João Cordeiro em Juiz de Fora (MG, Brasil)
Mixagem: Mauricio Avila
Masterização: Fernando Delgado
Arte da capa: Leandro Oliveira



Fracktura é:


Karis Tucker (voz)
André Machado III (guitarra, baixo e sintetizador)
Andrew Angelle (guitarra)
Ander Peterson (saxofone alto)
Camila Nebbia (saxofone tenor)
João Cordeiro (bateria)



Ricardo Cachorrão

Ricardo "Cachorrão", é o velho chato gente boa! Viciado em rock and roll em quase todas as vertentes, não gosta de rádio, nunca assistiu MTV, mas coleciona discos e revistas de rock desde criança. Tem horror a bandas cover, se emociona com aquele disco obscuro do Frank Zappa, se diverte num show do Iron Maiden, mas sente-se bem mesmo num buraco punk da periferia. Já escreveu para Rock Brigade, Kiss FM, Portal Rock Press, Revista Eletrônica do Conservatório Souza Lima e é parte do staff ROCKONBOARD desde o nascimento.

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