A carreira do Dire Straits, contando apenas os álbuns de estúdio, não é muito extensa. Entre 1978 e 1991, saíram Dire Straits, Communiqué, Making Movies, Love Over Gold, Brothers in Arms e e On Every Street. E hoje, 20 de setembro, completa-se 40 anos do quarto trabalho, um álbum intenso e, de certa forma, não tão falado na carreira do grupo.
Em pouco mais de 41minutos, Love Over Gold aposta em faixas longas, com cinco músicas totalizando sua duração. Pelos climas e a variedade de estilos, há uma guinada do grupo em torno do rock progressivo, ao menos em duas partes: a forte "The Telegraph Road" e suas mudanças de andamento e partes distintas, muito bem costuradas pelos vocais e teclados, e a bela faixa título, "Love Over Gold", com sua variedade de cores e timbres.
"Private Investigations", primeiro single, tem Mark Knopfler, figura central da banda, soltando suas influências de Bob Dylan, com vocal falado, um instrumental esparso, focado nos sintetizadores e mais pra frente, numa eficiente levada grave no baixo de John Isley em um clima quase "noir" Já o segundo single, "Industrial Disease", com sua letra comentando as situações de trabalho da Inglaterra do começo dos anos 80, estresse e outras doenças ocupacionais (nos Estados Unidos 'Ocupattional Diseases').
Entre os 14 minutos da faixa de abertura, tomando o primeiro lado do vinil junto com "Private Investigations", não tão distante do que o Rush fez, claro que em outra pegada, em 2112 (1976) contrastando a longa faixa título com faixas mais curtas, Love Over Gold é uma bela viagem na discografia do Dire Straits, com um trabalho apurado nas letras de Mark Knopfler, outrora jornalista e graduado em Inglês, fechando a melhor fase da banda, de seus quatro primeiros trabalhos.
Na arte, a capa versão LP, original de 1982
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