Carisma de Adam Levine e chuva de hits marcam show do Maroon 5 no Rio

Foto: Vinicius Pereira
Adam Levine causou frisson em Apoteose lotada
Por Rom Jom

Início de outono. Neste domingo, a Praça da Apoteose chegou próximo da sua capacidade máxima ao receber 35 mil pessoas, sendo a maioria mulheres (e de todas as idades) para assistir a quarta passagem do Maroon 5 no Brasil, em show que marca a turnê do seu último disco, “V”. 

Uivos e um clima “jungle” - com projeções em verde e ótimo jogo de luz - dão o tom em “Animals”, que abre a apresentação. Matando a ansiedade das meninas, eis que surge o galã Adam Levine. De forma mais recatada que de costume, ele arranca gritos histéricos e causa frisson na plateia. Sem muita conversa, a banda foi colocando uma música atrás da outra em uma verdadeira chuva de hits. Em “One More Night”, o vocalista tirou sua jaqueta e fez questão de jogar para as fãs, que não paravam de gritar seu nome e exibiam cartazes fazendo declarações de amor e pedindo músicas. “Stereo Hearts” trouxe uma pegada mais tranquila ao show, que logo ganhou ritmo na dançante (e empolgante) “Harder To Breath” - que foi o primeiro single do álbum de estreia da banda, Songs About Jane, de 2002.  “Lucky Strike” e “Wake Up call”, do recordista em vendas digitais, It Won't Be Soon Before Long, mantiveram a temperatura alta na Praça da Apoteose.
Foto: Vinicius Pereira 

Depois de um início sem pausas, a banda fez um pequeno break para que Adam finalmente pudesse falar com o público. “ Vocês estão bem? Se divertindo? Nós somos apaixonados pelo Brasil! Sempre iremos incluir este país em nossas turnês. Vocês são maravilhosos!”, derreteu-se. Em seguida, a banda emendou com “Love Somebody”, single do penúltimo álbum, Overexposed, lançado em 2012.

Com quinze anos de estrada, o Maroon 5 demostra segurança de poucos em seu rock pop bem resolvido. Embora o grupo não apresente muita interação com o público, eles se garantem num repertório encharcado de hits e na presença de um frontman como Adam. O cantor não se destaca tanto pela interação, logicamente, mas com suas notas bem encaixadas, ótimas interpretações e um carisma raro nos dias de hoje.

Para não fugir do roteiro, “This Love” foi sem dúvida a música mais cantada da noite - que também teve a instigante “Sunday Morning”. Encerrando a primeira parte do show, outra canção do último disco, “Daylight”.

Foto: Vinicius Pereira
O baixista Mickey Madden em ação durante o show do Maroon 5 no Rio
No bis, a grande surpresa: um momento banquinho e violão com “Garota de Ipanema”, onde Adam Levine arriscou um português nos primeiros versos e concluiu a versão em inglês. “Foi assustador!”, admitiu no final.

A apresentação se encerra com “She Will”, “Move Like Jagger” e “Sugar”, que mesmo sendo o hit mais recente do grupo, pareceu não corresponder como música final, já que num show de 90 minutos ininterruptos, ficou uma sensação de que poderiam finalizar com algo mais impactante ou explosivo. Mesmo assim, todo mundo saiu satisfeito.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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