Rock in Rio 2015: Ovacionado, Slipknot justifica posto de headliner com show apoteótico

Foto: Adriana Vieira

Por Bruno Eduardo

Na primeira vez que se apresentou no Rock in Rio, há quatro anos, o Slipknot superou todas as expectativas em uma apoteótica apresentação - elevando assim, o status que o grupo obteve na Europa, de "show imperdível". Tal fama adquirida rodou o mundo no registro '(sic) nesses' (lançado em 2010) - que traz em vídeo, a banda ao vivo no Download Festival de 2009. O grupo voltou ao Brasil dois anos depois com um número parecido, já que continuavam na estrada sem qualquer material inédito. Após recuperados do trauma de 2010 - quando Paul Gray foi encontrado morto por overdose em um quarto de hotel - o Slipknot decidiu enfim lançar um disco novo, e com ele renovaram também os macacões e as máscaras. Ao invés de cores mais vivas (como branco ou vermelho), desta vez o grupo optou por macacões escuros e máscaras mais realistas - a de Corey Taylor possui até mobilidade no maxilar. 

Já a cenografia - a mais caprichada do Rock in Rio - trouxe telões, e uma enorme cabeça de um ser diabólico, que ajudava a criar um verdadeiro thriller de terror. Ainda usando e abusando dos efeitos pirotécnicos - com labaredas, chuva de papéis (em "Duality"), e a ufológica bateria, que agora pertence a Jay Weinberg - o Slipknot transforma um show de rock em algo que vai além do que é apresentado pela maioria das bandas existentes. 

Foto: Adriana Vieira

Musicalmente, o grupo continua apostando no peso desmedido das guitarras, e no vozeirão de Corey Taylor. Neste show do Rock in Rio, foram as canções do novo disco que deram tom. "Sacarstrophe", "Killpop" e "The Devil In I" causaram o mesmo impacto de outras mais antigas, como "The Heretic Anthem" e "Disaster Piece" - com fãs pogando o tempo inteiro e cantando os refrões a plenos pulmões. Mas a noite ainda contou com super hits de alto calibre, como "Wait And Bleed" e "Before I Forget". Totalmente conectados com a banda, o público chega a antecipar alguns números interativos, como em "Spit it Out", onde Corey Taylor faz uma espécie de vivo-morto com os fãs - ordenando que os mesmos sentem e se levantem em seguida. Ainda houve um momento de "parabéns para você", em comemoração pelo aniversário do percussionista Shawn "Clown" Crahan - que tocou numa espécie de plataforma que subia e descia durante a apresentação. Mesmo que muitos não aprovem esse número mais teatral apresentado pelo grupo, é inegável que na qualidade de headliner da noite, o Slipknot fez por merecer o posto, e que continua sendo ainda, uma das melhores bandas para se assistir ao vivo, na atualidade.  

Maggots brasileiros

A enorme devoção dos fãs brasileiros já era vista no lado externo da Cidade do Rock. Um passeio e você encontrava vários maggots utilizando máscaras, e até mesmo macacões - algo normal em show de bandas como Kiss, por exemplo. A banda foi uma das campeãs também, em quantidade de camisetas expostas com a logomarca do grupo durante todo o festival - Metallica e Korn foram outras que contaram com essa uniformização em massa. 

Foto: Adriana Vieira

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Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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